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Claire Hermann, Earthworks, chermann@earthworksaction.org,+1 (202) 601-3043
Maria Teresa Viana de Freitas Corujo, MovSAM, tespca@gmail.com, +55 24 99991-2423
Daniel Néri, ddneri@gmail.com, + 55 31 99513-0640
Disponível em português abaixo
A report published today by Earthworks, Instituto Cordilheira and Movimento pelas Serras e Águas de Minas Gerais (MovSAM) shows the extent to which mining company Vale S.A. is responsible for serious and ongoing human rights violations at its operations in Minas Gerais, Brazil.
While the company made a series of commitments after major disasters in 2015 and 2019, the extent of Vale’s irresponsible behavior remains shrouded in a cloud of misinformation, legal wrangling and obfuscation. The Truth about Vale S.A. in Minas Gerais: Commitments and Abuses lays out inconsistencies between Vale’s public discourse and its business practices in a complete timeline for the first time. The 2015 Fundão tailings dam collapse killed 19 people and affected thousands and the 2019 Brumadinho dam failure caused 272 deaths.
Key findings from the report:
- Even after knowing its dams might collapse, Vale failed to take measures that could have avoided the tragedies in 2015 and 2019.
- In the years since, Vale has forced people off their land and away from their communities, including evacuations in the middle of the night with no prior warning, and without allowing people to return to their homes, even years later.
- Work-related illnesses and unsafe conditions are common at Vale’s Minas Gerais operations.
- Studies have confirmed complaints of ongoing health problems from local communities due to dust and water pollution, as well as psychological and emotional impacts.
- According to the company’s own studies, Vale is currently investing in new projects that could lead to the violation of the rights of Indigenous Peoples and increase child prostitution in cities adjacent to its facilities.
- Mining is causing deforestation in the Atlantic Forest in Minas Gerais. Vale continues to invest in projects that threaten environmentally protected areas, jeopardising biodiversity and water resources, and exacerbating climate collapse.
Currently, 20 of Vale’s tailings dams, which contain mine waste, are at risk of failure. Impacted communities are demanding Vale address these risks, fulfill its reparations commitments, and stop plans to expand in sensitive areas.
Based on the report, Earthworks makes the following recommendations to Vale investors and shareholders:
- Set up an Independent International Commission to review Vale’s environmental and social impacts.
- Create a permanent complaint channel for Vale’s operations.
- Request that Vale stop licensing for the dangerous Apolo and Serra da Serpentina Projects until complete impact reports are available.
Below are statements from the report’s publishing organizations.
“Investors and shareholders should hold Vale accountable for its actions in Minas Gerais,” said Jan Morrill, Earthworks Interim Mining Program Co-Director. “They should demand the company act ethically and strictly follow international best practices.”
“Vale’s operations continue to have serious risks and violate human rights,” said Carolina de Moura Campos from Instituto Cordilheira. “Investors have a responsibility to monitor Vale’s actions and demand that the affected communities be respected and listened to.”
“Vale promotes an image of a socially and environmentally responsible company and claims that it complies with international best practices and sustainability standards. However, what happens every day at Vale’s operations in Minas Gerais proves that this is not true,” said Maria Teresa Corujo, environmentalist from the Movement for Mountains and Water in Minas (MovSAM).
In a statement in response to the report, Vale S.A. said, “We reaffirm Vale’s commitment to respecting human rights and observing sustainability goals as part of our business model to ensure a lasting and positive economic, social, and environmental legacy. Our strategic pillars reflect this commitment, serving as a framework to integrate sustainability into our governance, corporate strategy, and daily operations.”
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Earthworks protects communities and the environment from the adverse impacts of mineral and energy development while promoting sustainable solutions.
The Instituto Cordillera stands up to the hegemony of mining, its impacts and threats to the mountains, waters, forests, people and their rights, by articulating common actions that bring together and strengthen networks and resistance in our territories.
MovSAM is a socio-environmental movement that works to stop the destruction and threats to water and mountains in Minas Gerais, Brasil.
Novo relatório detalha as péssimas atitudes da Vale S.A. em território brasileiro
Gigante da mineração não cumpre as promessas de segurança do trabalhador, garantia de direitos humanos e proteção ao meio ambiente
Um relatório publicado hoje pela Earthworks, Instituto Cordilheira e Movimento pelas Serras e Águas de Minas Gerais (MovSAM) mostra a extensão da responsabilidade da empresa de mineração Vale S.A. por graves e contínuas violações de direitos humanos em suas operações de mineração em Minas Gerais, Brasil.
Embora a empresa tenha assumido uma série de compromissos após os grandes desastres de 2015 e 2019, a irresponsabilidade corporativa da Vale permanece envolta em uma nuvem de desinformação, disputas judiciais e ofuscação. Dossiê Denúncia: A verdade sobre a Vale S.A. em Minas Gerais: compromissos e abusos apresenta, pela primeira vez, em uma linha do tempo atualizada, a incoerência entre o discurso e a prática empresarial da companhia. O rompimento da barragem de rejeitos de Fundão, matou 19 pessoas e afetou milhões de pessoas, e o rompimento da barragem de Brumadinho, em 2019, que causou 272 mortes. Principais conclusões do relatório:
- Mesmo depois de saber que suas barragens poderiam entrar em colapso, a Vale falhou em tomar medidas que pudessem evitar as tragédias de 2015 e 2019.
- Nos anos seguintes, a Vale forçou as pessoas a saírem de suas terras e de suas comunidades, incluindo evacuações no meio da noite, sem aviso prévio e sem permitir, mesmo após vários anos, que as pessoas possam retornar às suas casas.
- Doenças relacionadas à atividade laboral e condições de trabalho inseguras são frequentes nas operações da Vale em Minas Gerais.
- Estudos confirmam as contínuas reclamações das comunidades hospedeiras sobre problemas de saúde devido à poeira e à poluição da água, além de distúrbios psíquicos e emocionais.
- Atualmente a empresa investe em novos projetos de mineração que – conforme apontado em seus próprios estudos – que podem levar à violação dos direitos dos Povos Indígenas e ao aumento da prostituição infantil em cidades adjacentes às suas plantas.
- A mineração está causando o desmatamento da Mata Atlântica em Minas Gerais. A Vale segue investindo em projetos que ameaçam áreas de proteção ambiental, comprometendo biodiversidade e os recursos hídricos, e aumentando agravando o colapso climático.
Atualmente, 20 das barragens de rejeitos da Vale encontram-se em risco de rompimento. Comunidades atingidas exigem que a Vale trate desses riscos, cumpra acordos de reparação, e desista de planos de expansão em áreas sensíveis.
Earthworks recomenda que investidores e acionistas tomem as seguintes medidas:
- Estabelecer uma Comissão Internacional Independente para analisar os impactos ambientais e sociais da Vale.
- Criar um canal permanente de reclamações para as operações da Vale.
- Solicitar que a Vale suspenda o licenciamento dos Projetos Apolo e Serra da Serpentina até que os relatórios de impacto completos estejam disponíveis.
Abaixo estão as declarações das organizações que publicaram o relatório.
“Os investidores e acionistas devem responsabilizar a Vale por suas ações em Minas Gerais”, disse Jan Morrill, co-diretora interina do Programa de Mineração da Earthworks. “Eles devem exigir que a empresa aja de forma ética e siga rigorosamente as melhores práticas internacionais.”
“As operações da Vale continuam a apresentar sérios riscos e a violar os direitos humanos”, disse Carolina de Moura Campos do Instituto Cordilheira. “Os investidores têm a responsabilidade de monitorar as ações da Vale e exigir exigir o respeito e a escuta às comunidades afetadas.”
“A Vale divulga uma imagem de empresa social e ambientalmente responsável e afirma que cumpre princípios e normas internacionais de boas práticas e sustentabilidade. Porém, o que ocorre diariamente em Minas Gerais com as operações e com a conduta da Vale comprova que isso não é verdade”, disse Maria Teresa Corujo, ambientalista do Movimento pelas Serras e Águas de Minas (MovSAM).
Em uma comunicação em resposta ao relatório, a Vale S.A. disse: “Reafirmamos o compromisso da Vale de respeitar os direitos humanos e observar as metas de sustentabilidade como parte de nosso modelo de negócios para garantir um legado econômico, social e ambiental duradouro e positivo. Nossos pilares estratégicos refletem esse compromisso, servindo como uma estrutura para integrar a sustentabilidade em nossa governança, estratégia corporativa e operações diárias.”
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A Earthworks protege as comunidades e o meio ambiente dos impactos adversos do desenvolvimento mineral e energético, promovendo soluções sustentáveis.
O Instituto Cordilheira atua de maneira incisiva frente à hegemonia da mineração, seus impactos e ameaças às serras, águas, florestas, pessoas e seus direitos. Articulamos ações comuns que agregam e fortalecem as redes e as resistências nos nossos territórios.
O MovSAM é um movimento socioambiental que atua contra a destruição e as ameaças às águas e às serras de Minas Gerais.