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A versão em português pode ser encontrada abaixo

On April 29, 2024 residents of three towns along the Rio das Velhas in the Southwestern state of Minas Gerais, Brazil noticed the river had changed to a reddish brown color and there was suspended material in the water. Upon further investigation, residents and local organizations identified the Luzia dos Santos stream, which eventually flows into the Rio das Velhas, as the source of the contaminated water. They observed accumulated muddy material with a dense, dark, gelatinous shine built up along the banks of the stream and worked with researchers from the Education, Mining and Territorial Research Group (EduMiTe) to document the change in water color and the build up

A researcher with EduMiTe collects a water sample along the Luzia dos Santos Stream. Photo by Acervo EduMiTe

The Rio das Velhas is a critical water resource that provides drinking water for 2.5 million people. This would not be the first time the river has been contaminated with tailings from mining operations. In March of 2023, fish deaths, a strong turbidity and a “shiny, dark mud” that piled up on the banks of the Rio das Velhas led regulators to fine mining company CSN for discharging tailings from their Fernandinho Mine.

Communities suspect that the muddy build up and the change in water color are tied to a tailings spill, failure, or intentional discharge upstream from the Luzia dos Santos stream. There had not been rainfall in the days leading up to the event, and the researchers did not find erosion along the banks of the stream, two factors that could also cause the change in color or turbidity. 

When researchers and community members conducted further assessment of local waterways the week of May 13th, they found that contamination along the Luzia dos Santos stream had diminished but that a fine, metallic residue could be seen through the water on the bed of the stream. They also found maroon sediment built up along a second stream, the Fazenda Velha, even though the water appeared clear. They photographed these new findings. 

Rio das Velhas. The contamination was noted by downstream communities. Photo by Acervo EduMiTe

Although there are a number of mining operations in the area, none have publicly reported a tailings failure or spill related to the April 29 water impacts. The start of the Luzia dos Santos stream is on private property and communities and researchers can’t access the site.

The headwaters of the Luiza dos Santos Stream don’t appear to be close to any active registered tailings dams. However, the headwaters of the Luzia dos Santos stream are in close proximity to an inactive dam at Vale Complexo Vargem Grande. Local researchers and organizations wonder if Vale is undertaking activities to stabilize or increase structural integrity the dam at Complexo Vargem Grande and spilled or discharged tailings in the process. 

Communities and researchers have filed urgent complaints with the relevant environmental and water authorities requesting water quality information as well as investigations into the safety and stability of upstream mining facilities. However, to date they have not received any response. They will continue to advocate for improved tailings safety and access to water quality information downstream from these tailings dams. 


A contaminação da água é aparente, mas a fonte ainda é desconhecida

Em 29 de abril de 2024, moradores de três cidades ao longo do Rio das Velhas, no sudoeste do estado de Minas Gerais, Brasil, notaram que o rio havia mudado para uma cor marrom-avermelhada e que havia material em suspensão na água. Após uma investigação mais aprofundada, os moradores e as organizações locais identificaram o Córrego Luzia dos Santos, que acaba desaguando no Rio das Velhas, como a fonte da água contaminada. Eles observaram o acúmulo de material lamacento com um brilho denso, escuro e gelatinoso ao longo das margens do córrego e trabalharam com pesquisadores do Grupo de Pesquisa Educação, Mineração e Território (EduMiTe) para documentar a mudança na cor da água e o acúmulo

Um pesquisador do EduMiTe coleta uma amostra de água ao longo do Córrego Luzia dos Santos. Foto de Acervo EduMiTe

O Rio das Velhas é um recurso hídrico essencial que fornece água potável para 2,5 milhões de pessoas. Essa não seria a primeira vez que o rio seria contaminado com rejeitos de operações de mineração. Em março de 2023, a morte de peixes, uma forte turbidez e uma “lama brilhante e escura” que se acumulou nas margens do Rio das Velhas levaram os órgãos reguladores a multar a empresa de mineração CSN por descarregar rejeitos da Mina Fernandinho.

As comunidades suspeitam que o acúmulo de lama e a mudança na cor da água estejam ligados a um vazamento de rejeitos, rompimento ou descarga intencional a montante do Córrego Luiza dos Santos. Não houve chuvas nos dias que antecederam o evento, e os pesquisadores não encontraram erosão ao longo das margens do córrego, dois fatores que também poderiam causar a mudança de cor ou turbidez.  

Quando pesquisadores e membros da comunidade realizaram uma avaliação mais aprofundada dos cursos d’água locais na semana de 13 de maio, descobriram que a contaminação ao longo do Córrego Luiza dos Santos havia diminuído, mas que um resíduo fino e metálico podia ser visto através da água no leito do córrego. Eles também encontraram sedimentos marrons acumulados ao longo de um segundo córrego, o Fazenda Velha, embora a água parecesse clara. Eles fotografaram essas novas descobertas. 

Embora existam várias operações de mineração na área, nenhuma delas relatou publicamente um rompimento ou derramamento de rejeitos relacionados aos impactos hídricos de 29 de abril. O início do Córrego Luiza dos Santos fica em uma propriedade privada e as comunidades e os pesquisadores não podem acessar o local.

Rio das Velhas. A contaminação foi registrada pelas comunidades a jusante. Foto de Acervo EduMiTe

As cabeceiras do Córrego Luiza dos Santos não parecem estar próximas a nenhuma barragem de rejeitos ativa registrada. No entanto, as cabeceiras do Córrego Luiza dos Santos estão próximas a uma barragem inativa no Complexo Vargem Grande da Vale. Pesquisadores e organizações locais se perguntam se a Vale está realizando atividades para estabilizar ou aumentar a integridade estrutural da barragem no Complexo Vargem Grande e se derramou ou descarregou rejeitos no processo. 

As comunidades e os pesquisadores apresentaram reclamações urgentes às autoridades ambientais e hídricas relevantes solicitando informações sobre a qualidade da água, bem como investigações sobre a segurança e a estabilidade das instalações de mineração a montante. No entanto, até o momento, não receberam nenhuma resposta. Eles continuarão a defender a melhoria da segurança dos rejeitos e o acesso a informações sobre a qualidade da água a jusante dessas barragens de rejeitos.